Será que na conclusão que levou a população a defender essa tese, a mesma incluiu aqueles que nos roubam sistematicamente? Se foram inclusos, certamente o povo começou a entender sobre a necessidade de que roubos praticados por políticos e seus comparsas também sejam punidos com a pena de morte. Se você ainda não parou para pensar, os "desvios" do erário público tem matado muitos inocentes, que sequer sabem dos seus direitos e das obrigações desses bandidos travestidos de pseudos-representantes do povo.
Quando afirmo serem pseudos-representantes, me refiro aos ladrões, canalhas e vermes corruptos. Pois classificar os mesmos como representantes dos povo, é o mesmo que afirmar que já que não é possível todo o povo estar lá no poder roubando, eles tem que ter alguém que faça isso por eles, concorda? Da mesma forma como repudio essa aberração de afirmação, também repudio que o povo continue aceitando o engôdo de taxar como apenas uma improbidade administrativa, o que na verdade não passa de roubo ou furto. Mas, tiveram que arranjar uma forma bonita de se referir a algo tão feio. Só tolo ou canalha aceita passivamente isso. Em qual categoria você se classifica???
O estudo foi realizado pelo Datafolha através do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O resultado deve ser oficializado no 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública
Uma pesquisa do Datafolha e direcionada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Organização Não Governamental (ONG) especializada em violência urbana, identificou que pelo menos 50% da população brasileira acredita na máxima: "Bandido bom é bandido morto". O estudo foi realizado no último mês de julho e será divulgado oficialmente nesta semana durante o 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Para chegar aos dados, os especialistas analisaram as opiniões de mais de 1.300 pessoas em cerca de 84 cidades que possuem mais de 100 mil habitantes. De acordo com a análise, 50% das pessoas que realizaram a pesquisa afirmaram que concordam, 45% discordam e o restante disse que não sabe responder sobre o caso. Segundo o texto, a margem de erro da pesquisa pode ser de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Conforme veiculado no jornal Folha de São Paulo, segundo o sociólogo e vice-presidente do Fórum Braisleiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, a divisão de opinião é um resultado benéfico para o país. " Como o copo está meio chaio e meio vazio, metade da população é contra, e isso pode ser visto como uma janela para a construção de políticas públicas.
Região
Segundo a pesquisa, os dados são semelhantes em quase todas as regiões do país. A maior diferença estabelecida pela análise foi entre a região Sudeste e Sul, em que na primeira 54% são a favor enquanto na segunda a porcentagem cai para 48%.
''A democracia exige um esforço coletivo''
Para o pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), professor Luiz Paiva, a pesquisa revela alto presente no cotidiano das cidades brasileiras. "Os acusados de crimes representam uma ameaça que a população deseja ver contida. Como o Estado não oferece condições para o exercício pleno da cidadania, então os acertos de conta, as vinganças e extermínios se tornaram meios de restabelecer a ordem social perturbada por acusados ou suspeitos de serem bandidos", cita.
De acordo com o pesquisador, quando uma pessoa envolvida em crime é assassinada, o caso é tratado como "normal" e a vítima é entendida como "menos uma para perturbar a vida da população". ‘’A ideia de que as pessoas responsáveis por crimes permanecem impunes, no Brasil, alimenta a sensação de que é preciso que a população, outros bandidos ou policiais contenham situações de violência com violência”, explica.
Segundo Paiva, as pessoas que discordam da máxima de "bandido bom é bandido morto" sabem da necessidade de os governos estaduais melhorarem seus sistemas de segurança pública e a justiça criminal avançar em reformas urgentes no tratamento processual do crime. ‘’O assassinato não é uma solução possível para uma sociedade que deseja estabelecer relações de cidadania e respeito. A democracia exige um esforço coletivo, em que devemos pensar o bem comum como um ideal mais abrangente do que a realização de interesses mediados pela violência”, frisa.
Gazeta de Caaporã
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