A fome e a miséria, por mais paradoxal que isso possa parecer, é quem mantém a região Nordeste mergulhada no oceano do atraso e do subdesenvolvimento. Paradoxal, porque esses dois fatores deveriam servir como estimulo aos pobres e miseráveis para buscarem a libertação, mas acontece que a pobre gente nordestina, não tem consciência da sua triste e humilhante condição de pedinte e de pessoas invisíveis. E são essas pessoas que mantém as elites e as oligarquias nordestinas sempre no poder.
A eleição para governador de qualquer estado nordestino é decidia pelo voto do cabresto e do voto do curral, controlado pelo coronel ou chefe político, que durante a campanha vende o voto do caboclo, como se vende qualquer mercadoria na feira. Quem fizer a melhor oferta leva os votos.
Como o governo detém o poder político e econômico nos estados pobres principalmente da região Nordeste, nas eleições, toda a estrutura do estado é colocada a disposição do candidato governista. E a vitória do sistema se torna mais fácil ainda quando e eleição vai para o segundo turno, uma vez que a oposição não dispõe de meios para transportar o eleitor do currar até o lugar de votação e de oferecer alimentação depois do voto dado, apesar de proibida pela legislação eleitoral vigente, o fornecimento de alimentação e passagem ao eleitor muitas vezes é certa.
Gazeta de Caaporã
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