Como funciona um esquema de corrupção?

Empresas combinam com políticos, quais obras ou produtos vão disputar e acertam as porcentagens.

Uma das formas de corrupção mais usuais em uma prefeitura é a fraude em licitações públicas. Abre-se uma concorrência, convida-se por carta convite apenas empresas que fazem parte de um esquema. Elas combinam entre si, o valor das propostas para que possam revezar quem vai ganhar aquela obra ou o fornecimento de determinado produto.

As empresas participantes da fraude dão uma parte dos lucros para um representante do político que organiza as fajutas licitações. Este dinheiro tem servido para muita coisa: enriquecimento dos políticos, compra de votos de vereadores e até financiamento de campanhas eleitorais.

Para que o esquema dê certo, o politico precisa colocar em cargos-chave, pessoas de extrema confiança. Por exemplo, eles escolhem a dedo, aquelas nomeadas para os setores de Compra porque as pessoas indicadas têm que obedecer cegamente as ordens do esquema, têm que manter o bico calado, e mais, não ficarem tentadas a criar sozinhas, seus esquemas pessoais de corrupção.

Depois se acham as empresas interessadas em entrar no esquema. Ou elas existem ou são montadas. Combina-se a porcentagem que vai ser repassada de cada obra, escolhem a conta bancária para depositar e assim segue a roubalheira.

Além de quebrar com as contas da prefeitura, a corrupção trás outro dano irreversível para uma cidade: afasta os novos investimentos. Porque os mesmos políticos que gostam de receber dinheiro de esquemas de corrupção também se acham no direito de pedir uma “contribuição” dos empresários interessados em instalar-se na cidade.

Portanto, o famoso jargão rouba mas faz, é uma grande mentira. Quem rouba dinheiro público causa danos duas vezes: embolsa uma parte e ainda triplica o preço de uma obra. A grana que dava para fazer uma creche só dá para fazer uma.

Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência,

Gazeta de Caaporã
 Autor: desconhecido

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